por DisrupDiva* para o Instituto Capitalismo Consciente Brasil
A movimentação no mundo, de forma sustentável, envolve o desenvolvimento ambiental,
econômico e social. Não podemos mais pensar em sociedade sem pensar nesses pilares.
A Disrupdiva, tem como foco a equidade de gênero, mas sem considerar as demais camadas da sustentabilidade, principalmente no campo social.
Desde a década de 1980 as discussões sobre gênero estão se amplificando, e estamos até hoje, lutando por espaço e combatendo o machismo na sociedade. Trazemos luz ao debate sobre a equidade de forma leve e bem humorada.
O mundo conhece três grandes marcadores sociais: classe, raça e gênero. Trazemos à
discussão esses pontos nos baseando na proposta de mulheres feministas negras e na
articulação metodológica proposta por elas, atualmente chamada de Interseccionalidade.
Através da interseccionalidade é possível identificar vários sistemas de opressão na nossa
sociedade – que vão além de raça, classe, gênero, mas passam por localização geográfica, capacidades motoras, entre outras.
Acreditamos que o pensamento feminista negro foi fundamental para entendermos que o
racismo é diferente do patriarcalismo, que por sua vez é diferente da opressão de classe. Eles podem se interligar criando complexas intersecções em que dois, três ou quatro eixos se cruzem.
Hoje encontramos autoras importantes interessadas neste debate, como Audre Lorde (1983), Bell Hooks (1984), Patricia Hill Collins (1990), Avtar Brah (2006), Angela Davis (2017), e no Brasil autoras como Sueli Carneiro (1985), Luiza Bairros (1995), Lélia Gonzales (1988) e Beatriz Nascimento (1989), que apesar de não trabalharem com o conceito em si, utilizam muitas premissas sobre o debate que antecede nossa época.
A interseccionalidade é fundamental para que possamos ter uma sociedade equânime e
diversa. Questionando o preconceito estrutural ajudamos a combater relações de poder e
subordinação, que se apresentam desde a movimentação nas redes, a empresas, até a criação de políticas públicas eficazes de inclusão social.
Importante lembrar que se você não for um individuo pertencente aos “grupos dominantes”
da sociedade, sua trajetória será marcada por vulnerabilidade e exclusão social. Não basta
aumentar a equidade de gênero, é imprescindível que classe e outras camadas também
ultrapassem a barreira da subordinação.
Estamos nesta luta.
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