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SOMOS TODOS UM


Em meio a uma crise sem precedentes, que exige, inclusive, uma mudança de comportamento jamais experimentada por todos nós, como deveriam se comportar as empresas conscientes guiadas por um propósito maior e orientadas a relações de serviço e cuidado com todos os seus stakeholders?


O que podemos sugerir para reforçar a paciência, compreensão e, especialmente, ajudar a gerar consciência no maior número possível de empresas e pessoas?


Acreditamos que este momento pode servir para entender o quanto somos conectados e interdependentes. A ideia de separação e de fronteiras que dividem todos só existem na cabeça das pessoas e no desejo daqueles que querem ter tudo sob controle. A complexidade e imprevisibilidade da crise nos atropela e ficamos sem orientação.


Para todos aqueles que acreditam que  um novo capitalismo é plenamente viável, abaixo estão 8 dicas que podem ser úteis para os próximos dias e para o planejamento de ações de todas as empresas:


1) Amar e cuidar. Antes de ser um dos nossos principais lemas é sem dúvida o único caminho para o cenário de curto prazo. Dar prioridade à saúde e bem-estar de todos os stakeholders, mas especialmente à dos colaboradores que estão na linha de frente dos negócios. Um negócio consciente protege seus stakeholders mais vulneráveis e viabiliza que todos possam passar por este momento seguros.


2) Distanciamento social. Sugerir o afastamento social para diminuirmos a curva de aumento de casos de infectados. Devemos estimular que todos se protejam.


3) Home Office. Definitivamente quebrar as barreiras que limitam o Home Office e promover esta forma de trabalho. Muitos gestores ainda têm dúvidas sobre isso e preferem liderar através de paradigmas de comando e controle total das pessoas. Devemos estimular que esse antigo paradigma seja revisto dando lugar a valores de confiança ancorada em olhar de abundância e amor, não de medo e escassez.


4) Informação. Compartilhar sites e fontes seguras de informação e combater Fake News.


5) Stakeholders. Tratar stakeholders de forma equânime e estar atento às necessidades de todos. Perguntar diariamente quais serão os impactos em cada grupo ligado à empresa e como podemos minimizar os impactos da crise em seus negócios. O que podemos fazer hoje? O que faremos no médio prazo?


6) Fornecedores. Muita atenção à cadeia de fornecedores. Os pequenos podem não se sustentar e precisarão de ajuda. Manter o ritmo de pagamentos a eles pode ser fundamental para que os negócios pequenos não quebrem e não gerem dispensas.


7) Cauda longa. Pensar na cauda longa, nos que formam a grande massa de negócios e de mão de obra. Como podemos diminuir o impacto? O que podemos fazer por eles?


8) Compartilhar. Disseminar entre os colaboradores, parceiros e com todos que se relacionam com o seu negócio exemplos e boas práticas vindos do mercado. Movimentar informações sobre o que o governo, empresas e autoridades estão fazendo. Entregar conteúdo relevante é também formar pensamentos, raciocínios e cultura organizacional.


Autores: Hugo Bethlem, Presidente do ICCB, e Dario Neto, Diretor Geral.

 

Texto originalmente publicado no Estadão.

Clique aqui para ver o artigo original.

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