É relativamente fácil identificar o conceito do Capitalismo Consciente em negócios que promovem a proteção do meio ambiente e/ou melhorias sociais. Mas neste post vamos explorar um ambiente que, a princípio, nos parece inóspito no quesito “consciência”: A indústria farmacêutica.
O CASO CIPLA
A CIPLA foi fundada em 1935, em Mumbai (Índia), por Khwaja Abdul Hamied, inicialmente com o nome de “The Chemical, Industrial & Pharmaceutical Laboratories”, que em 1984 foi alterado para “CIPLA Limited”.
Atualmente, a farmacêutica é liderada pelo filho de Khwaja Hamied, Yusuf Hamied. Em 28 de setembro de 2000 Y. Hamied ministrou uma palestra na Comissão Europeia em Bruxelas. Estavam presentes no evento membros da UNICEF, UNAIDS, WHO, e diversos executivos de grandes empresas farmacêuticas.
Durante sua fala, Y. Hamied prometeu disponibilizar um coquetel antirretroviral (ARV) para combate ao vírus HIV a preços bem inferiores aos disponíveis internacionalmente. Naquela época, o tratamento custava por volta de US$ 12.000 por paciente por ano. Adivinhem o que aconteceu? Nada, nenhuma comoção. Aparentemente, a proposta era tão surreal que ninguém deu bola.
Porém, no ano seguinte, os nomes de Y. Hamied e da CIPLA ecoaram pelo mundo. Em 6 de fevereiro de 2001, a CIPLA anunciou que iria oferecer o coquetel ARV aos Médicos Sem Fronteiras por US$ 350 por paciente por ano. Menos de um dólar por dia! No dia seguinte, a iniciativa estava estampada em jornais pelo mundo, e ficou conhecida como “CIPLA’s dollar-a-day HIV and AIDs drugs”.
Hoje, a CIPLA é uma empresa com um propósito muito sólido e que luta para influenciar a transformação, principalmente dentro da indústria farmacêutica. Mas não é só. A empresa também promove programas sociais através da própria CIPLA e da CIPLA Foundation, e possui programas para reduzir a pegada ecológica e impactos ambientais.